Tuesday, August 01, 2006 

Sociologia 2.0

Que tal atacar de sociólogo e buscar a justificativa da situação?

A web 2.0 é marcada pela produção de conteúdo individual. Ou seja, não se assite mais a TV e outros meios de comunicação unidirecionais passivamente, engolindo comerciais e programas infames. A informação mais recente e imparcial não vem mais somente da revista na próxima banca ou do programa de rádio jabazento.
Mesmo que não se crie algo inédito, as pessoas estão sempre interagindo e até questionando o que lhes é posto à sua frente.

Mas porquê? Talvez pelo sedentarismo da vida moderna. Já que elas estão cada vez mais inertes e acostadas em suas cadeiras, sua energia flui mais entre o teclado e o modem.
A internet ajuda como ferramenta, mostrando que é possível e eficiente ter voz.

Estou errado? Muito maluca essa teoria?

Sunday, July 30, 2006 

Estratégia Google

Para muitos, o Google está invadindo todos os espaços possíveis, até aqueles que teoricamente, não tem a mínima conexão com busca. Pelo menos à primeira (e desatenta vista).
Busco aqui expor o que penso que o Google esteja fazendo, e qual a estratégia que direciona seus movimentos.

Que uma das características da Web 2.0 é a produção pessoal de conteúdo já não é mais novidade. Vídeos no You Tube, fotos no Flickr e quilômetros de caracteres em blogs são um reflexo disso. A mídia pessoal já disputa a atenção e o tempo do espectador com a mídia convencional.

O Google já percebeu isso há algum tempo e quer ser o braço direito na organização desse conteúdo produzido.
Acontece que para o Google, conteúdo produzido pelo seu usuário não é só um vídeo legal ou uma foto bonita que ele tirou, é tudo. Cada palavra escrita em um e-mail, o trecho de um site que ele guardou para não esquecer e até as notícias que ele agrupa para ler, encaminha e marca como importante.

O Google Desktop é uma grande sacada. Quer maior repositório de conteúdo produzido pelo usuário do que o seu disco rígido. Sua estratégia fica clara quando o Google Desktop se oferece para oferecer resultados da sua conta do Gmail junto com as consultas no seu Desktop.

Não é magnífico ao pesquisar sobre anistia no Google saber que tinha escrito uma resenha sobre isso e nem lembrava, ou que uma ex-namorada tinha escrito em um e-mail que ela estava fazendo uma tese sobre isso? Claro que sim. Então porque usar outra ferramenta de busca?

Ou seja, sendo o seu braço direito na organização pessoal de conteúdo, você não precisará de braços de terceiros e a supremacia estará garantida.

Mas como o Google lucra com isso? Indiretamente na supremacia e por conhecer seus consumidores como ninguém - o que gera anúncios com ótima segmentação.
Eu deduzo que os anúncios do Gmail não são baseados somente na mensagem atual, as palavras chaves devem ser depositadas em um banco de dados capaz por formar o seu perfil com base na freqüência das palavras chaves usadas em todos os seus serviços. Uma equação tão complexa quanto a que te entrega os melhores resultados em sua busca, pode ser capaz de definir o seu perfil com mais acuidade que você mesmo.

A questão da privacidade é delicada e até há sites que questionam isso. Mas, como é sabido, nada é realmente de graça.
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Lembro a todos que esta é somente minha opinião do que venho observando e lendo pela internet. Ainda há muito assunto sobre o tema, mas para não desviar muito do foco do post, gostaria de ver a opinião de vocês nos comentários para ver se partilham da minha visão e também possa direcionar os posts futuros sobre o assunto.

 

Furadas Tecnológicas

Tecnologia é sempre inspiradora. E semprem surgem oportunidades (e oportunistas) de novos modelos de negócios e de produtos cuja demanda nem sempre é sustentável.

Um aparato para sentir cheiro ao nevegar na internet? Receber um computador de graça? Idéias de jerico que parecem ótimas. O final só o sucesso dirá.

A IDG Now! publicou um artigo com os 25 piores produtos e serviços de todos os tempos. Tem que ser muito entusiasta, ou muito tapado para ter caído em todas as 25, mas certamente você se identificará com algumas, como o Real Player, ou os CDs da America Online.

 

Velocímetro

Deve até haver alguma lei da física que comprove, mas o fato é de que após vivenciar uma velocidade maior do que a de costume as menores parecerão muito mais lentas do que realmente são.

Me foi ilustrado um caso no podcast do Gui Leite que ele ao trocar sua máquina por outra de nova geração porém com 512MB de memória, ele achou muito lento pois já estava acostumado com 1GB. Ou seja, mesmo com processador mais potente, a memória segurava a velocidade da nova máquina.
512 MB é lento? Pelo contrário, são poucas as máquinas que têm essa memória.

Meu ponto aqui é que a velocidade pode se expressar em diversos fatores: tanto o físico propriamente dito, como nos computadores a velocidade de processamento, de conexão à internet e das próprias aplicações Web.

Um exemplo pessoal é a minha (e provavelmente de muitos) experiência com webmails. Antes minha conta principal era do Yahoo! e estava plenamente satisfeito com ele, até que experimentei o Gmail. Ajax era algo que pouco se via na época, ainda mais em um serviço onde que tanto se usa, como o Gmail.

No entanto, o velocidade não é tudo. Ainda uso o Yahoo! devido aos seus ótimos recursos como e-mails descartáveis. A questão da velocidade foi minimizada quando encontrei uma extensão para Firefox que emprega Ajax no Y!Mail. Inclusive pode ser até melhor, por permite abrir múltiplas mensagens ao mesmo tempo ainda mostrando as outras da lista de mensagens.

Friday, June 30, 2006 

canibalismo

Reflexão:
"A rede de telefone propiciou a difusão na internet.
Agora a internet ameaça a rede telefônica tradicional."


 

Boi no modem

É realmente impressionante que já temos ferramentas (Skype, Gtalk) para abandonar praticamente o telefone e só fazer chamadas gratuitas pelo computador (VoIP). No entanto, pouco é feito efetivamente.

Apesar da economia de tempo, pois não precisa interromper as tarefas quando se está ao computador para digitar nos comunicadores instantâneos, não faz parte da cultura ainda. Alguns motivos me levam a deduzir isso.

Primeiro: instrumental. São poucos os computadores que possuem o equipamento adequado. Um headset seria o ideal, pois caixas de som deixam a conversa pública caso haja mais alguém no ambiente e podem gerar eco e microfonia; também grande parte dos microfones de mesa para computador são de péssima qualidade ou exigem uma aproximação da boca que cria uma posição pouco confortável para longas conversas.

Segundo: usuários. Às vezes, o hábito de ouvir música no computador faz com que o usuário (evitando interrupções) feche o aplicativo de conversa instantêna, pois ao contrário da tela o canal de áudio só suporta a compreensão de um tipo de informação por vez.
Também, ou deixam o programa desligado e esquecem que o têm (devido à baixa adesão se seus contatos - não tem com quem falar), ou deixam o status como disponível o tempo todo, assim recusando ligações quando está ocupado, mas na verdade seu status não condiz.

Terceiro: incompatibilidade. Apesar da popularidade de alguns, há diversos softwares que não conversam entre si. Comunicadores instantâneos de texto, até conseguem ter uma convergência (softwares como Qnext e Trillian agregam várias plataformas), mas entre comunicadores de voz, é mais difícil e limitado.

De qualquer forma, creio que seja apenas uma questão de tempo com maior número de adesão de usuários e headsets como equipamento básico nos PCs (como a caixa de som passou a ser ultimamente).

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A Nokia lança seu primeiro aparelho de comunicação não-celular. Utiliza apenas internet para Navegação e VoIP.

Saturday, June 03, 2006 

Sinal dos tempos

No último Vôo de avião atentei a um interessante detalhe.
Pela primeira vez escutei nas instruções do comandante, junto com o aviso de desligar aparelhos eletrônicos na aterrisagem, a especificação: "inclusive mp3 players".

Tuesday, April 18, 2006 

Google Calendar

Eu digo que o Google Calendar foi a aplicação da empresa que mais gerou burburinho na Web. Especulações, Screenshots prévios criaram uma expectativa imensa (que foi correspondida).

Ironicamente não houve a mesma expectativa com o Gmail, pois foi através dele o primeiro contato com o lado funcional de seu Webmail que deixava os concorrentes no chinelo. O Gmail foi sim responsável por mostrar a funcionalidade Google e gerar a expectativa de um serviço de calendário à altura.

A integração com o Gmail é evidente, criando uma espécie de Outlook online, acessível e editável de qualquer lugar. Dá para ao escrever o e-mail, já marcar um horário com a pessoa, ou ao receber um e-mail com data e horário no corpo de e-mail, aparece um link junto aos links patrocinados para agendar esse horário.

Sozinho não tem graça. Os contatos do Gmail já estão integrados para que se possa mandar um convite de evento pelo e-mail deles (mesmo que eles não tenham conta Google) e eles podem responder se vão ou não comparecer, ou se não sabem ainda. O que é ótimo para um evento com muitas pessoas convidadas.

Nos convites, o anfitrião tem a opção de fazer com que os convidados saibam (ou não) quem mais foi convidado e também de encaminharem o convite para quem mais achar legal (se o evento for uma festinha íntima é só não marcar a opção). Seus convidados também podem comentar nos convites sobre o evento ficando acessível para todos acompanharem a discussão.

Compartilhar é ótimo. Se você tem algum contato que constantemente precisa se encontrar mas está difícil encontrar um horário vago, é só habilitar o compartilhamento de um calendário (você pode ter vários) que tem a opção de ver os eventos não marcados particulares ou apenas ter marcações de ocupado/livre.

Os calendário públicos também estão aí para isso. Você pode adicionar calendários com os feriados de qualquer país e também de outros eventos como todos os jogos da Copa do Mundo. Você também pode criar um calendário público e compartilhar com o seu grupo de amigos.

Como sempre, há um tour para se familiarizarem com a interface (embora ela já seja bem intuitiva).

E como sempre, também, não poderia deixar de dar uma crítica e uma sugestão:
  • A crítica em si já é uma sugestão. Nos detalhes dos contatos do Gmail, já deveria haver espaço para colocar o calendário. Esse obviamente já seria adicionado como aniversário no Calendário.
  • Seria no mínimo interessante colocar um Zeitgeist como acontece com as buscas no Google, colocando dados gerais como os dias com mais eventos do ano ou os horários mais disputados para eventos, ou a média de convidados por evento e até os locais onde mais se concentram os eventos.

 

Barra de Atalhos Google

Até se ter uma uma conta no Gmail, para muita gente, o Google não passava de uma ferramenta de busca. E só.

Agora, com o lançamento do Google Calendar, ele adiciona nas suas principais páginas de serviço, link para as outras.


Clicando em more, você tem acesso à ampla gama do que o Google provê, embora esteja melhor descrito na Wikipedia.

O próprio lançamento do calendário e sua integração com o Gmail já é mais um passo a frente na integração de todos os serviços.

Óbvio que ele também ganha com isso. Está tudo sob a mesma Google Account, reunindo informações mais precisas sobre você para que os links patrocinados sejam mais precisos, e portanto mais clicados.

Thursday, March 16, 2006 

Por uma Web melhor

Muito se tem feito para a Web encontrar sua linguagem e crescer num ritmo constante e evitar uma segunda bolha da internet.
Assim, listo abaixo alguns sites que servem de discussão e mostram esforços por uma Web mais democrática e com facilidade de uso.

Usabilidoido
Bem, esse site já vale pela categoria nacional toda. Frederick van Amstel discorre sobre Usabilidade e Arquitetura da Informação, temas pouco falados e ainda menos aplicados, por isso seu discurso adquire grande relevância.

Webinsider
Discussões sobre a internet em seus vários aspectos: Usabilidade, Redação, Criação, Design, Software Livre, Segurança, Carreira, Comportamento, Intranets, Sem fio, e colunas.

Wikipedia
Muitos questionam a qualidade de suas informações pela escrita colaborativa, outros a glorificam justamente por isso. Acho que independente da resolução dessa controvérsia, temos que convir que para termos e conceitos recentes (de internet e tecnologia), neologismos e galicismos, a Wikipedia é a melhor fonte que há.
Por exemplo: Vá em uma biblioteca ou pegue aquela enciclopédia empoeirada e procure o que é AJAX ou Tableless.
Já aconselho: não comece pelos livros de Webber.

 

Blogs de Tendências

Listarei aqui alguns Blogs que me inspiram pois sempre sondam o que há de novo na Web.

TechCrunch
Blog especializado em Web 2.0

Solution Watch
Como o próprio nome diz, fica alerta aos novos serviços online que tragam soluções digitais aos problemas do cotidiano. Cada página indicada é acompanhada de uma resenha com comparações com outros serviços e screenshots.

Search Engine Watch Blog
O Blog é uma das partes do site. A que dá notícias rápidas sobre a acirrada disputa entre Google Yahoo! e outros mecanismos de buscas e seus respectivos negócios.

Boing Boing
Explora muito sobre a cultura atual, mesclando tecnologia e sociedade, como no caso de bonecos feitos com cabos Ethernet

Gizmodo
Foca a vida digital, os gadgets, ou seja, as bugigangas high-tech que muitos querem ter, mas poucos compram antes de surgir uma melhor.
Exemplo: rádio para chuveiro baseado no iPod

 

Ah, Silício.

Cheirinho da novo. De circuito recém saído da fábrica. Seja na ciaxa bege que ainda é rápido pra iniciar o Windows, ou seja no iPod tirado da caixa.

De uns tempos pra cá, até alguns sites têm um cheirinho trazido do Vale do Silício. Cheirinho de AJAX, de integração (mashups) e de compartilhamento. O cheirinho é mais agradável ainda quando as aplicações são gratuitas.